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    A opção de morar só

Consumidor Moderno


Independência financeira, liberdade, maior desenvolvimento profissional e possibilidade de se manter relacionamentos abertos são as principais vantagens apontadas pelas pessoas que optam por esse estilo de vida.

É espantoso o crescimento, nas principais metrópoles do mundo, dos chamados lares unipessoais. Na região metropolitana de Paris, por exemplo, metade dos domicílios é composta por um único morador. Na Inglaterra, um quarto da população mora só e, nos Estados Unidos, do total dos habitantes, 12 porcento dos lares são unipessoais.

No Brasil, a opção é cada vez mais desejada por uma parcela crescente da população urbana. São solteiros, divorciados, mulheres, jovens e idosos. A cultura do intimismo e da solidão ocorre em paralelo com a construção da subjetividade do mundo moderno. As cidades assistem ao momento de libertação do indivíduo e ao desdobramento, acirramento e expansão do individualismo, explica o sociólogo Sérgio Lage, da Universidade de São Paulo (USP), em sua tese de mestrado. Isso quer dizer, que estar só significa autonomia e conquista de indepêndencia pessoal. Não é mais, necessariamente, um estado doloroso, conclui Sérgio.

As estatísticas mostram que apenas 46 porcento das famílias paulistanas são compostas por pai, mãe e filhos. Por outro lado, 68 porcento das famílias têm, no máximo quatro pessoas. O número de famílias onde apenas um dos conjugês cria os filhos vem aumentando. A média de filhos por casal também diminuiu. A família brasileira não só encolheu, como também teve seu papel social alterado. Os filhos deixam os pais para viverem sozinhos, com amigos ou em uma união livre com o parceiro, diz Lage.


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